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Alimentação


Alimentação em cativeiro dos nossos exóticos
Como é óbvio a alimentação do nosso exótico é completamente diferente em cativeiro do seu habitat natural, pois no seu habitat a própria ave escolhe, com base do que aprendeu com os seus pais, o seu alimento enquanto que em cativeiro cabe a nós escolher, e como sabemos, nem sempre fazemos a melhor escolha.
É muito comum encontrar pessoas que fornecem às suas aves café, pão, fubá, sementes de girassol, doces ou somente frutas. Não é preciso ser um especialista para saber que essa alimentação é incorrecta e trará sérios prejuízos à saúde da pobre ave de estimação. Daí que é importante a variedade e acima de tudo estarmos informados das necessidades nutricionais da nossa ave.
Para evitar dietas inapropriadas, desequilibradas e deficientes que provocam, a curto ou médio prazo, o aparecimento de doenças e alterações no estado de saúde da ave (imunodepressão, deficiências minerais e vitamínicas, entre outras). Devemos estar informados e sobretudo ter conhecimentos sobre o que come cada espécie no seu habitat natural para conseguirmos manter uma dieta em cativeiro o mais próxima o possível de uma alimentação no habitat natural de cada ave para assim se manter saudável.
Para uma melhor qualidade na alimentação do nosso exótico temos duas hipóteses:
1- Dietas comerciais de alimento composto, que se encontram formuladas de acordo com as necessidades especificas de cada ave dependendo do seu habitat natural e espécie (papagaio, periquitos, araras, tucanos, cacatuas, agapornis, canários, entre outros...)
Têm um aspecto semelhante aos granulados para gatos e vendem-se em algumas lojas para animais.
Ao administrar este tipo de dietas não necessita fazer outro tipo de suplementos vitaminicos ou minerais.
2-Dieta caseira, que deverá ser sempre variada e equilibrada, evitando dietas exclusivas de sementes de girassol, que erradamente são dadas aos nossos exóticos, por desconhecimento ou por ser mais acessível.
Nestas dietas caseiras devem estar presentes:
->cereais e sementes (40% a 45% da dieta total), milho cozido, aveia, arroz integral fervido, trigo, cevada, sementes de girassol (não deve ultrapassar 15% da dieta), pão integral e bolachas sem açúcar.
->verduras (40% a 45% da dieta total), as mais nutritivas são as de cores escuras como os brócolos ervilhas, cana de açúcar, cenouras (inteiras, raladas ou fervidas) e espinafres.
->frutas (5% a 7% da dieta total), qualquer fruta da época incluindo citrinos, evitando a pêra abacate que é tóxica (principalmente a semente).
->legumes e outras fonte de proteína (5% a 7% da dieta total), feijões, lentilhas, ervilhas, grão (cozido), amendoins ( em pequenas quantidades devido ao seu elevado conteúdo de gordura) e ovo cozido.
-> cálcio: deve estar sempre disponível para o animal sob a forma de casca de ostra ou de choco ou ainda blocos minerais.
->água que deve ser mudada todos os dias e mais que uma vez se encontrar suja.

Conselhos sobre a mudança para uma nova dieta:
Quando pretendemos instaurar uma nova dieta a uma ave, podemos fazê-lo de dois modos:
1-De forma gradual, sendo conveniente misturar os alimentos novos com a dieta que comia habitualmente, para que não seleccione apenas os habituais. Pode-se recorrer a truques, tal como misturar os alimentos com mel ou oferecer-lhos de uma forma que acreditem que também os estamos a comer.
2-De forma radical, que consiste em colocar apenas a nova dieta como alimento durante todo o dia e durante 20 minutos por dia deverá dar apenas a antiga dieta, para que a ave se alimente e não corra o riscos de passar fome. Esta forma embora seja mais eficaz, exige um espírito de sacrifício grande de nossa parte que nos vemos tentados a ceder aos pedidos de guloseimas da dieta antiga da nossa ave. Ao fim de uma semana, a ave já se terá habituado a comer apenas a nova dieta.
É conveniente realizar um controle de peso da ave, principalmente nesta fase, para detectar possíveis perdas de peso.
Certos psitacídeos como os loris e afins devem ser alimentados com néctar, sumos e outros suplementos especificos.
Lista do que se pode dar e não pode dar na dieta caseira
Podemos dar:
-Inhame;
-Rabanete;
-Brócolos;
-Batata doce;
-Couves;
-Abóbora;
-Alcachofra;
-Couve-flor;
-Couve de Bruxelas;
-Pepino;
-Pimentas;
-Espargos;
-Ervilhas;
-Aipo;
-Malaguetas;
-Pimentos;
-Beterraba;
-Abobrinha;
-Milho;
-Feijão verde;
-Chicória;
-Cenoura;
-Agrião;
-Figo;
-Maçã (retirar as sementes);
-Damasco;
-Melancia;
-Uvas;
-Melão;
-Banana;
-Cerejas (retirar a semente);
-Laranja;
-Pêssego;
-Ameixa;
-Mamão;
-Manga;
-Kiwi;
-Toranja;
-Ananás;
-Ovos (com casca);
-Framboesa;
-Amoras;
A considerar:
Os seguintes são conhecidos como tendo um nível elevado de pesticidas:
-Morangos;
-Pimentões,
-Espinafre;
-Pêssego;
-Aipo;
-Maçã;
-Damasco;
-Feijão verde;
-Uvas chilenas;
-Pepino;
NÃO PODE DAR (PROIBIDO):
-Abacate;
-Berinjela;
-Chocolate;
-Ruibarbo;
-Repolho;
-Cogumelos;
-Álcool;
-Cafeína (incluindo chá e café);
-Batatas fritas;
-Bebidas gaseificadas;
-Cebola crua;
-Sementes de maçã;
Suplementos saudáveis:
-Aloe vera - Na água para ajudar a digestão, boa para cortes e arranhões;
-Cayenne - Boa para a digestão e artrites;
-Canela - Boa para a digestão e níveis de açúcar no sangue;
-Blocos minerais - cálcio;
-Alho - antibiótico;
-Vinagre de Sidra- evita a absorção de gorduras pelo organismo da ave;
Ocasional:
-Espinafres;
-Tomate;
-Iogurte;
-Carne (frango);
-Queijo;
-Feijão vermelho, cozido (cru é tóxico),
-Pipocas simples;
-Barras com sementes;
-Bolachas de manteiga, amêndoas ou caju;
-Manteiga de amendoim;
